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Business agility realmente torna sua empresa mais ágil? Descubra aqui!

Por: Mutant, abril 20, 2021

Pensar sobre a business agility pode dar uma chacoalhada na visão comum sobre planejamento, previsibilidade, modelos de negócio e alguns outros conceitos que costumam ficar em pauta.

Já reparou como a gente espera que os métodos que aplicamos garantam controle sobre o futuro de nossos projetos? Já caiu a ficha que, se exagerarmos na expectativa, isso pode ser só uma ilusão? O motivo é simples, nem todas as variáveis que influenciam os resultados são controláveis. 

Na real, esse é o principal motivo de precisarmos tanto de controle: o fato de que eles são limitados. Se abrirmos mão do que podemos monitorar, o risco é muito maior. Então o que a gente pode fazer é administrar as ameaças, mesmo sem ter todas as garantias.

Perceber isso estimula mudanças, inovação e tem tudo a ver com agilidade. O mindset perfeito parece misturar entusiasmo — aquele que impede de desistirmos —, com essa consciência — que evita a teimosia de insistir no que não funciona. Vamos entender o que a business agility tem a ver com isso?

O que é business agility?

Já que a gente não pode ter certeza sobre tudo, que tal aprender a se adaptar? Que tal desenvolver a capacidade de agilizar mudanças? Que é o mesmo que dizer: que tal desenvolver a business agility?

Basicamente, falamos da capacidade das empresas em se adaptar às mudanças de cenário, do mercado, do comportamento do consumidor e da própria empresa, que precisa incorporar novas tecnologias e métodos o tempo todo.

Pra entender melhor o conceito, vale a pena conhecer um detalhe importante que motivou a criação da business agility, que começou no desenvolvimento de softwares. Elaborar sistemas complexos em um ambiente de mudanças é uma tarefa complicada, porque os requisitos podem mudar antes da conclusão.

Além disso, a própria ideia de sistema considera que o desenvolvimento de suas partes não implica, necessariamente, no funcionamento perfeito do todo. Um analista precisa entender como uma mudança em uma função pode influenciar todas as outras. 

No contexto da business agility, uma área inovadora pode ser limitada por outros setores. Então, se elas precisarem de mais tempo pra se adaptar, do mesmo modo que o excesso de burocracia no atendimento de suporte, isso vai impactar no relacionamento e no atendimento de pós-venda.

Pra que serve business agility?

A incerteza e o risco sempre fizeram parte do empreendedorismo, mas agora vivemos em um mundo muito mais volátil, incerto, complexo e ambíguo. Identificou os termos do Mundo VUCA?

As mudanças acontecem o tempo todo. Se a empresa não consegue se adaptar rapidamente, ela acumula transformações que podem comprometer o posicionamento no mercado e o futuro da atividade.

É como ficar meses adiando tarefas diárias e vê-las se acumulando — até que são tantas atrasadas, que fica impossível resolvê-las sem ajuda. Pra evitar esse acúmulo de mudanças, a empresa precisa ser mais rápida do que a demanda por mudanças, no mínimo tão rápida quanto.

Isso inclui adaptação interna e externa, respostas rápidas e flexíveis às necessidades dos clientes, comprometimento com a inovação e com a qualidade e, por fim, a busca por vantagem competitiva.

Por que as empresas têm dificuldade em se adaptar?

Adequar os processos, as ferramentas e os procedimentos é relativamente fácil, certo? A dificuldade é aliar tudo isso à mudança cultural necessária. Lembra que comentamos sobre a necessidade de planejar e controlar? A maioria das empresas vai ficar mais confortável aproveitando as oportunidades de gerar lucro, com o mínimo risco possível.

Do mesmo modo, os colaboradores podem evitar mudanças se elas ameaçarem o desempenho, pois isso é cobrado por eles e pelos erros que cometem. Ou seja, pra mudar precisamos estar dispostos às falhas.

A questão é como determinar o equilíbrio, certo? Afinal, ninguém quer conviver com erros em excesso, especialmente se isso comprometer a viabilidade da empresa. Uma boa dica pra ajustar a sintonia fina é separar erros estratégicos dos operacionais. Não aceitar a mudança é uma grande falha estratégica

Como fazer sua a empresa responder melhor às mudanças?

A boa notícia é que todas as empresas conseguem se adaptar às mudanças. O que difere é a agilidade de cada uma em fazer isso, que pode ser lenta, moderada ou ágil, dependendo da maturidade digital que ela alcançou, da estrutura e da mentalidade da equipe.

Pra aumentar a velocidade da mudança, as primeiras transformações precisam envolver:

  • a estrutura: que deve eliminar silos organizacionais e desenvolver esforços de modo multidisciplinar;
  • os processos: que devem ser desburocratizados e automatizados;
  • a empresa: que precisa funcionar com os setores alinhados, com alta capacidade de se relacionar e compartilhar.

Espelhe-se nas startups

Muitas das ferramentas que usamos nasceram no ecossistema das startups e isso não aconteceu à toa, mas um dos aspectos mais valiosos da cultura dessas empresas é a capacidade de medir antes de escalar. Isso diminui o risco sem abrir mão da mudança. É fantástico!

Revise os processos

As regras e formatos dos procedimentos previstos nos processos podem minar as chances de implantar a business agility. A responsabilidade e as execuções precisam ser compartilhadas e as equipes devem se comprometer e trabalhar pra alcançar o máximo de sinergia.

Engaje as pessoas

Nem tudo é sobre a mecânica da transformação. Boa parte das demandas de implantação da business agility envolve as pessoas. Por exemplo, a abordagem tradicional hierarquizada não combina com o trabalho cooperativo. Todos os colaboradores precisam se sentir parte do processo e estarem envolvidos com o propósito da marca.

Além disso, é preciso oferecer orientação, capacitação e uma estrutura eficiente de comunicação. Se a mensagem não fluir na medida certa pelos canais de comunicação interna, a equipe pode ser sufocada pelo excesso dela, ou frustrada pela falta.

Dessa forma, não basta a equipe se sentir livre pra arriscar com equilíbrio, ela precisa ser estimulada, premiada e valorizada por se comportar de forma que a empresa precisa.

Qual a importância de se adaptar?

A gente pode pensar em mudanças pontuais, em nível departamental. Desse ponto de vista, talvez o departamento de atendimento esteja comprometido em avançar com a digital transformation, buscando automatizar procedimentos de qualificação de leads, por exemplo.

Enquanto isso, o setor de logística da mesma empresa pode se concentrar em aplicar melhorias no processo de roteirização, que é o grande gargalo de produtividade do setor. Como resultado, a empresa e os clientes terão benefícios nas duas pontas, mas não um aumento substancial do valor gerado ao consumidor, isso como resultado de um esforço conjunto.

A ideia da business agility envolve todas as áreas, igualmente agindo no nível departamental, mas com feedbacks imediatos do mercado. Produtos e serviços são desenvolvidos pra aumentar a capacidade da empresa em entregar soluções melhores, pra problemas novos e pra todos.

Isso tudo envolve, inclusive, o comprometimento com questões novas, como a diversidade cultural. Aprendemos a trabalhar segmentados, mas isso não significa se isolar do mundo no qual vivemos.

Pra encerrar a conversa, a gente pode falar um pouco mais sobre competitividade. Cada vez mais, ela depende de um atendimento único, personalizado e encantador, o que é impossível de entregar sem inovação — ou seja, sem encontrar formas novas e melhores de impactar e engajar as pessoas.

Com a business agility, a empresa consegue aumentar a frequência com que renova em suas entregas. Quais dos seus concorrentes podem competir com essa dinâmica se você oferecê-la imediatamente?

Essa é uma boa provocação pra debatermos um pouco, não é? O convite está feito, só depende de você! Bora comentar!

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