O que é design thinking e a importância de pensar fora da caixa
Já parou pra pensar sobre a importância do design thinking? Esse é um tema que merece sua atenção, principalmente em um mercado cada vez mais saturado, com profissionais repletos de obrigações e pressionados pela busca dos melhores resultados.
O grande objetivo dessa estratégia é aplicar em outros segmentos a metodologia de criação utilizada pelos designers. Ou seja, tratar a busca de uma solução privilegiando a prática humana e partindo de uma perspectiva cognitiva.
A dúvida é: como colocar isso em prática? A resposta pode estar na criatividade: um elemento fundamental pra elaborar soluções inovadoras para processos, produtos e serviços.
Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Continue a leitura e aprenda o que é design thinking, como implantá-lo e de que forma ele pode aumentar suas vendas!
O que é design thinking?
A expressão design thinking significa “pensar como um designer” e isso, por si só, já nos deixa uma pista do que é essa estratégia. Ela surgiu em 1969, na obra The Science of the Artificial, mas só se tornou famosa quando David M. Kelley, mentor da IDEO (marca consultora de design de produtos norte-americanos), a considerou como “uma forma de agir com criatividade”.
Posteriormente, Tim Brown — CEO da empresa citada — definiu o termo no livro Change by Design. Pra ele, trata-se de uma abordagem altamente focada em pessoas (antropocentrismo) e tem como intuito oferecer soluções inovadoras sob a percepção do cliente final. Tudo isso de maneira criativa, colaborativa e multidisciplinar.
O design thinking sugere a busca de respostas e a criação de novos produtos, de modo cooperativo e integrado, entre diferentes departamentos (equipes multidisciplinares) e o público-alvo.
Na prática, falamos de um autêntico brainstorming (tempestade de ideias), no qual todos os envolvidos se colocam no lugar daqueles que vão consumir a solução.
O resultado é um projeto focado em empatia, que deseja ter uma visão clara do todo e levantar oportunidades e padrões. O plano é considerar diversos fatores e analisá-los como direções possíveis pra chegar ao objetivo do negócio.
Qual a importância do design thinking?
Percebeu que o design thinking é uma técnica capaz de ajudar você a encontrar as melhores soluções e ideias inovadoras para o seu negócio? Sempre de olho nas demandas do seu cliente, ela serve de impulso para personalizar o processo de vendas e desenvolver experiências diferenciadas.
Mas, afinal, por que usar essa metodologia? Caso ainda tenha dúvidas, basta lembrar que as inovações são a base para conquistar vantagens competitivas e fazer a diferença no mercado — e não é só isso. Confira!
Quebra barreiras criativas
Todos precisamos enfrentar alguns obstáculos à nossa criatividade. Essas barreiras, como crenças, medo do risco, ego e até preguiça, prejudicam nossa produtividade e impedem um negócio de crescer.
Ao aproveitar o potencial do design thinking, você supera esse problema. Com empatia, colaboração e coragem para testar, é possível ir além.
Ajuda a criar soluções que superam as expectativas
Esse processo é realmente diferenciado e importante pra empresas contemporâneas. Isso porque ele ajuda a criar soluções que superam as expectativas e fogem do senso comum. Ou seja, é uma verdadeira expansão dos horizontes da imaginação e criatividade empresarial.
Ótimo retorno sobre o investimento
Como bom gestor, você tem o hábito de conferir se os investimentos realizados trazem resultados compatíveis, certo? Então é importante dizer que o design thinking tem um baixo custo de implementação, mas gera diversos benefícios ao negócio.
Aumenta a produtividade dos colaboradores
Outro aspecto que demonstra a importância do design thinking é sua capacidade de unir funcionários de diversos setores em torno de um mesmo objetivo. Isso estimula a colaboração, mantendo todos motivados e produtivos.
Onde o design thinking pode ser aplicado?
Com tantos benefícios, você deve estar se perguntando onde essa metodologia pode ser aplicada. O interessante é que ela é muito versátil e pode ser usada em diferentes situações dentro de uma empresa.
Isso mesmo! Essa prática não se limita a único setor, afinal seu objetivo é liberar o espírito criativo e inovador de sua equipe. Sendo assim, os departamentos de marketing, vendas, financeiro, atendimento ao cliente e até cobrança podem ser impactados positivamente por ela.
O único requisito é que exista um problema a ser resolvido ou uma inovação a ser criada. Esse é o cenário ideal para que boas ideias surjam e sejam gerenciadas a ponto de gerar oportunidades.
Mas fica a dica: pra que o processo atinja os resultados esperados, é importante ter uma equipe multidisciplinar e com capacidade de empatia — o que ajuda a se colocar no lugar do cliente e entender suas necessidades.
Como implementar o design thinking?
Aplicar ações embasadas nessa metodologia significa ir na contramão do método científico. Ou seja, o processo não ocorre com base em estatísticas ou números, e sim a partir de conhecimentos reais e percepções mais humanas.
Se a finalidade é responder às demandas das pessoas, nada melhor que pensar como elas, em vez de se colocar como empresa, certo?
Apesar de não contar com técnicas ou etapas obrigatórias, existem alguns passos que simplificam sua aplicação. Veja a seguir!
Imersão
O ponto de partida é a investigação. Nessa fase, é necessário coletar dados pra criar uma estrutura sólida que contribuirá para resultados positivos.
Pra isso, entreviste seu público e trace um perfil. A ideia aqui é descobrir quem sua marca deve atingir e descobrir informações básicas, como:
- qual a faixa etária mais propícia;
- esse nicho é participativo;
- quais as ações de marketing de experiência adequadas pra atraí-lo.
Como dizem por aí: “a primeira impressão é a que fica”. Assim, mesmo que suas soluções sejam de qualidade ou não tenham concorrência, nada permanece no mesmo estágio eternamente.
Sabendo isso, é essencial promover experiências exclusivas aos clientes e colocar esse objetivo como uma prioridade em suas estratégias.
Além disso, é preciso ter um olhar pra sua equipe de profissionais. Isso porque, quando eles compreenderem a missão da empresa e estão alinhados, a troca de ideias é muito mais produtiva.
Análise
A fase seguinte é voltada pro desenvolvimento de uma capacidade analítica eficiente. Lembrando que isso exige um profundo autoconhecimento, bem como a atenção aos diferenciais dos concorrentes.
Você só consegue inovar se tiver informações sobre os adversários do segmento e souber quais são os aspectos fortes e fracos da sua empresa.
Nessa circunstância, fazer uma análise com o apoio da Matriz SWOT ajudará muito. Essa ferramenta de gestão alinha os fatores internos com os riscos externos de um empreendimento e mostra o que diferencia sua marca da concorrência, além de apontar a melhor direção pra fidelizar o público-alvo.
Fazer pesquisas de mercado, confrontar com suas próprias ações e escutar as opiniões de todos os envolvidos são atitudes que ajudam a encontrar as melhores soluções.
Ideação
Fazendo a etapa anterior, você vai se deparar com um grande leque de ideias inovadoras. Agora, é hora de selecionar aquelas que têm um potencial de sucesso.
Mais uma vez, é necessário colocar o consumidor como protagonista. Afinal, ele é a razão de tudo acontecer. Se não tem quem compre, por que fabricar algo?
Ao falar de inovação, é necessário buscar o apoio de tecnologias para facilitar o trabalho e o Big Social Data é uma boa fonte de dados nesse momento. Essa solução é capaz de gerar informações referentes ao comportamento das pessoas nas mídias sociais — o que acham de determinadas marcas, quais são seus hábitos de consumo, por exemplo.
Prototipagem
Caminhando rumo ao sucesso, chega o momento de iniciar o design thinking. Nessa fase, tudo o que foi estudado começa a ser empregado dentro daquilo que o seu setor oferece.
É interessante observar que as ações dessa técnica andam de mãos dadas com a metodologia Heurística, que é fundamentada no diagnóstico de criação por meio de um problema.
Veja um exemplo: sua empresa produz notebooks de alta tecnologia, por isso, o custo final da fabricação acaba sendo alto. Ela já é conhecida no mercado pela qualidade dos dispositivos, mas os diferenciais da concorrência têm sido mais evidentes.
Então, temos um problema: muita gente gostaria de comprar de você, mas não tem condições de pagar a quantia necessária. Como resolver? É possível substituir alguns componentes pra diminuir custos e conquistar essa fatia do mercado?
Teste
Por fim, precisamos testar a ideia. Lembrando que, caso seu negócio não trabalhe com equipamentos tecnológicos, existe um conceito proveniente do mercado das startups que pode ser muito valioso nessa fase.
Conhecido como Produto Mínimo Viável (MVP), ela consiste em usar o mínimo possível de recursos para desenvolver uma versão simplificada da mercadoria que será avaliada pelos clientes.
Desse modo, você consegue descobrir o que funciona bem e o que precisa de melhorias. Tudo isso antes de o modelo definitivo ser produzido e colocado à venda.
Essa metodologia também pode ser aplicada no setor de serviços. Basta pensar na sensação de imediatismo e de praticidade que as pessoas buscam. Nesse caso, o custo a ser considerado é sempre o tempo médio de atendimento ou de resposta.
Qual é o efeito do design thinking na equipe interna?
Agora que sabemos o que é design thinking e como ele pode ser aplicado, um efeito fica mais evidente: a mudança de percepção a respeito do consumidor ou usuário.
Quando os profissionais envolvidos adotam esse modo de pensar, o foco muda totalmente. O resultado disso é a melhoria da experiência do cliente ao contatar sua empresa.
Como a empatia e o comportamento colaborativo passam a fazer parte da cultura organizacional e do hábito dos colaboradores de todos os departamentos, tudo passa a fluir com base nas demandas do consumidor.
Ou seja, com essa máxima internalizada no time, há uma atenção maior para aquilo que o seu público-alvo expressa, procura e compartilha — observações importantes pra uma empresa crescer e se destacar no mercado.
Conseguiu entender a importância do design thinking? Essa é uma metodologia que quer mudar a forma com que sua equipe enxerga o mercado e suas oportunidades. Colocando em prática tudo o que aprendeu, você conseguirá desenvolver um processo mais competitivo, encontrar a solução de problemas e elevar as suas chances de sucesso.
E então, gostou deste conteúdo? Aproveite e aprenda a criar e implementar uma estratégia de customer experience!