Tecnologia disruptiva: o que é e como se aplica aos negócios
O avanço tecnológico é uma das coisas mais incríveis que acontece no mundo dos negócios, pois oxigena o mercado, gerando novas oportunidades. Acontece que, ao mesmo tempo em que fascina, causa um certo receio. Talvez, você já tenha ouvido falar na tecnologia disruptiva, mas sabe exatamente o que é e como ela é aplicada?
O termo está sendo muito comentado e deixa alguns empresários preocupados. Afinal, que tecnologia é essa? Como acompanhar o ritmo frenético das mudanças? Com este conteúdo, você vai tirar essas dúvidas descobrindo a tecnologia disruptiva e seus exemplos. Acompanhe!
Entenda o que é tecnologia disruptiva
É chamada de disruptiva a tecnologia que desloca uma tecnologia que estava estabelecida e abala o mercado ou gera um produto inovador e, assim, cria uma indústria completamente nova.
O conceito foi usado pela primeira vez por Clayton M. Christensen, professor da Harvard Business School e autor do livro “O dilema do inovador”, best-seller de 1997.
O computador é um exemplo clássico de tecnologia disruptiva. Ele substituiu a antiga máquina de escrever e mudou a maneira como trabalhamos. Mais adiante, internet, e-mail e smartphones vieram como exemplos que causaram uma verdadeira revolução na nossa comunicação.
Confira exemplos de tecnologia disruptiva
Tanto no dia a dia dos consumidores quanto nas operações das empresas, a disrupção é uma constante. A seguir, você vai entender sobre os principais exemplos de aplicações que estão dando suporte à inovações.
Inteligência artificial (IA)
Podemos definir a IA como a tecnologia usada em máquinas pra que “pensem” cada vez mais de maneira similar ao ser humano. Com um extenso volume de dados, torna-se muito maior a capacidade de essas plataformas criarem um padrão e, consequentemente, tomarem decisões acertadas.
A mudança no pensamento dos negócios colocou a IA no centro da estratégia. Em 2017, gigantes como Google e Microsoft investiram na ideia e abriram caminho para outras marcas seguirem o ritmo.
Hoje, muitas continuam se beneficiando de ferramentas relacionadas, como o aprendizado de máquina pra automatizar processos, reduzir tarefas administrativas e coletar e organizar dados.
Por exemplo, os chatbots percorreram um longo caminho, desde suas origens humildes em um laboratório do MIT, em 1966. Naquela época, “Eliza” era uma maneira de demonstrar a superficialidade da comunicação homem-máquina combinando as solicitações dos usuários com respostas simples por script.
Agora, eles se transformaram em uma ferramenta indispensável com constantes inovações. Longe de respostas simples, o processamento de linguagem natural (PNL) permite que os mecanismos de bot sejam treinados pra entender e responder a diferentes tipos de diálogos, numa interação similar à humana.
Analytics
O Analytics trouxe à tona o termo Big Data, que se refere ao enorme volume de informações que precisam ser gerenciadas atualmente. É a possibilidade de analisar dados (seja da empresa, dos clientes, dos funcionários ou outros) pra entender algumas relações e criar estratégias que otimizem a produtividade e os lucros.
Essa tecnologia pode ser usada em vários setores: logística, vendas, finanças, recursos humanos, atendimento ao cliente etc. Os recursos inteligentes de descoberta de dados, em especial, estão impulsionando os avanços na maneira como entendemos dados estruturados e não estruturados.
Dessa forma, as organizações são capazes de prever o desenvolvimento do mercado e trazer mais profundidade aos prognósticos. Afinal, a análise prescritiva vai além do conhecimento e ainda fornece ações recomendadas com base em resultados anteriores.
Internet das Coisas (IoT)
A Internet das Coisas é uma rede expansiva de “coisas” ou dispositivos conectados à internet que facilitam a intercomunicação dos aparelhos. Pense nestas facilidades: logo pela manhã, seu alarme dispara e solicita à cafeteira que comece a preparar o café antes que o seu carro autônomo o leve para o trabalho…
Outros exemplos da aplicação dessa tecnologia são as fechaduras inteligentes, que podem ser controladas digitalmente e até à distância. Em uma escala maior, encontramos sensores pra agricultura, que conseguem detectar a temperatura e a umidade do ar, ativando os sistemas de irrigação quando necessário.
Também é possível controlar termostatos a partir do celular pra que a temperatura do ambiente de casa ou do trabalho seja ideal para as necessidades do usuário. Em uma escala mais global, a IoT fará uma transição significativa para cidades inteligentes.
Com a ajuda de sensores, é possível, por exemplo:
- melhorar a distribuição das redes de energia;
- detectar falhas de sistemas rapidamente;
- ampliar níveis de segurança.
E tudo isso a um custo-benefício acessível.
Blockchain
O blockchain é uma inovação disruptiva que chamou a atenção do mercado, principalmente pelo bitcoin, criptomoeda com método de transação de pagamentos em uma rede aberta, por meio de bits e criptografias digitais.
Como uma rede ponto a ponto, combinada com um servidor de registro de data e hora distribuído, os bancos de dados são gerenciados de maneira autônoma pra trocar informações entre diferentes partes. Não há necessidade de um administrador: os usuários são os próprios administradores.
Os três principais recursos do blockchain são: descentralização, transparência e segurança. No início, a ideia era facilitar transações mais rápidas, livres de controle e dos riscos de um único ponto de autoridade.
No entanto, a tecnologia se tornou muito mais do que apenas uma solução pra serviços financeiros. Os mesmos recursos que estão melhorando os déficits do setor têm potencial de resolver as ineficiências de muitas outras áreas.
Ou seja, além da digitalização do dinheiro, o blockchain permite colocar ativos físicos e intangíveis, como direitos autorais, mercadorias ou direitos de propriedade da terra pra prova de propriedade segura e transferência facilitada.
Embora ainda esteja amadurecendo na questão da regulamentação, não existem dúvidas de que continuará evoluindo, desempenhando um papel significativo na transformação de práticas comerciais ineficientes e desatualizadas.
Impressão 3D
A impressão 3D existe desde os anos 1980, mas só se tornou popular nos últimos anos e está mudando a maneira como fabricamos em escala. Desde a impressão de objetos simples, aparelhos auditivos, próteses e até motores de naves espaciais, essa tecnologia está rapidamente conquistando um bom lugar no futuro.
Os benefícios incluem versões mais rápidas, baratas e menos dispendiosas, além de serem altamente personalizáveis. Além disso, a impressão 3D permite que projetos conceituais sejam impressos pra fornecer a um arquiteto, cliente ou acionista uma imagem completa do produto final, minimizando falhas de comunicação sobre os requisitos e projetos do produto.
A empresa espacial de Elon Musk usou a impressão 3D pra criar as câmaras do motor da nave espacial Dragon. A equipe fez tudo em apenas três meses, desde o conceito à conclusão, reduzindo drasticamente o tempo de entrega.
Essa tecnologia está começando a atrair a atenção da indústria da construção, pois permite que moradias e edifícios básicos sejam construídos por menos custos, menos desperdício e poluição.
Comunicação digital
Um bom contato com o consumidor é indispensável para a fidelização e o atendimento de qualidade. Hoje, ele usa vários canais e quer que as necessidades sejam resolvidas de maneira rápida e eficaz. Existem várias soluções, trazidas pela tecnologia disruptiva, que permitem essa aproximação e conseguem atender às demandas da empresa e do cliente, mantendo, assim, a competitividade do negócio.
Uma delas é o atendimento por meio da tecnologia omnichannel. O omnichannel pode ser definido amplamente como canal cruzado pela experiência do usuário. É uma excelente alternativa para as suas ações de customer experience.
Ele combina esses canais pra criar um centro dinâmico de comunicação que simula o alto nível de personalização e serviço, como se fosse uma vivência pessoal do cliente. Trabalhando múltiplas plataformas, padroniza a experiência dos mundos físico e digital, permitindo que os varejistas interajam com os clientes de diversas formas: online, em um computador, em lojas e quiosques locais, por meio de dispositivos móveis, TVs e outros.
Pra entender melhor, veja este exemplo: Jéssica fica online, faz login em uma loja virtual e navega por alguns produtos. Encontra uma calça jeans muito bonita, mas não quer comprá-la, por conta dos custos de remessa. No dia seguinte, vai até a loja mais próxima da marca experimentar a peça. Enquanto anda pelo shopping, recebe notificação no celular (ela selecionou essa opção no app da empresa).
A mensagem diz: “Ganhe 10% de desconto na compra desta calça”. Ao ela chegar à loja, uma tela digital a cumprimenta. Depois de logar no sistema, a página apresenta o local exato onde está a peça de roupa desejada. Depois de experimentar o jeans, Jéssica passa pelo caixa, o atendente a chama pelo nome e aplica o cupom de desconto.
Viu como a experiência omnichannel vai além da fusão de plataformas de mídia e da estética consistente entre os canais? É uma ação preditiva, contínua e consistente que conversa com o consumidor.
Materiais avançados
Novos materiais com propriedades únicas ou aprimoradas em relação aos convencionais estão em franco desenvolvimento. São frequentemente referidos como avançados e permitem inovações tecnológicas que podem beneficiar a sociedade.
Na última década, a pesquisa científica e tecnológica assumiu novas formas no sentido de uma concepção sistêmica e integrada. De uma maneira geral, o que mais chama a atenção nesse processo é a grande variedade de descobertas. O resultado é um número grande de materiais alternativos em comparação aos tradicionais.
Nesse cenário, a nanotecnologia é usada em química, física, biologia e engenharia. A pequenez das partículas traz propriedades muito úteis. Algumas surgem do aumento na área da superfície, quando, por exemplo, um material em pó é convertido em partículas com alguns nanômetros de diâmetro.
As pequenas dimensões dos nanomateriais também levam à possibilidade de formarem misturas com outros elementos, com o objetivo de melhorar as propriedades deles. Nos tratamentos médicos, os materiais de tipo nano podem ser adaptados pra direcionar alguns medicamentos com mais precisão.
Outras aplicações com nanotubos de carbono incluem: raquetes de tênis, varas de pesca e painéis de carroceria usados em carros de corrida, conferindo resistência e leveza e ampliando o desempenho. As propriedades de amortecimento dos sapatos de treinamento também foram aprimoradas pela incorporação de nanopartículas, alterando a estrutura das solas poliméricas e, ao mesmo tempo, aumentando a durabilidade, devido à dureza aprimorada pelas nanopartículas.
Veja como aplicar a tecnologia disruptiva nos seus negócios
Agora que você já conhece o conceito e exemplos de tecnologia disruptiva, acompanhe os passos abaixo pra introduzi-la ao seu modelo de negócio e revolucionar sua empresa.
Prepare-se para o mercado de amanhã
As empresas que desejam crescer não precisam somente prever como será o mercado no futuro, mas encontrar formas de se envolver com as mudanças do setor em que atuam. Especialmente no que diz respeito ao tratamento de tecnologias disruptivas e sua entrada no mercado.
A crescente adoção da análise de dados é um indicador que revela a importância da informação para o sucesso dos negócios no futuro. A inteligência de mercado focada na tecnologia é fundamental para as empresas identificarem os dados e as tendências de maior relevância.
Isso não só ajudará a desenvolver padrões de indicadores pra otimizar decisões, identificando oportunidades em potencial, como também permitirá descobrir sinais e ameaças significativas para os investimentos.
Promova a cultura da inovação
Quando a gestão é fechada em ideias tradicionais, dificilmente um funcionário vai propor algo diferente ou ficar à vontade pra testar um novo insight. Mas o que significa uma cultura corporativa ou de inovação? A cultura corporativa é um sistema de valores, padrões de orientação, normas comportamentais, modos de pensar e agir que a força de trabalho de uma empresa aprendeu e aceitou.
Ela determina como o grupo executa as tarefas diárias, toma e impõe decisões, resolve conflitos e lida com pessoas externas e deve, portanto, ser entendida como a maneira pela qual os funcionários de uma empresa desenvolvem inovações juntos. Isso tem uma influência forte no seu gerenciamento de inovação.
Fique por dentro das novidades
A maioria das inovações vistas recentemente ocorreu no espaço do consumidor, por exemplo, inovações móveis, como tablets, smartphones, jogos, carros que estão conectados, entre muitas outras. Isso significa que as tecnologias estão avançando a um ritmo alarmante.
Por isso, você precisa estar atento às tendências nessa área. Procure não se limitar ao seu nicho de mercado. Frequente palestras, acompanhe veículos de comunicação e converse com pessoas de diferentes áreas pra se manter atualizado.
Colete dados sobre os clientes
As tecnologias disruptivas resolvem lacunas do mercado ou trazem propostas totalmente novas, mas que atendem às necessidades dos clientes. Por isso, acompanhe os feedbacks: procure entender os problemas que eles enfrentam, o que sugerem e o que desejam da sua marca.
Não se esqueça de que, além de demonstrar preocupação com a experiência do consumidor, são esses relatos que vão oferecer material pra que uma nova solução seja pensada pela equipe.
Faça com que os setores trabalhem em conjunto
Algo muito comum e que prejudica o desenvolvimento das empresas são setores que atuam de maneira isolada. O marketing, o financeiro, as vendas, todos devem atuar em torno de um objetivo comum.
Isso justifica o uso de softwares com integração de dados, pra que cada unidade de negócio entenda o que acontece internamente e consiga atuar em sinergia com as demais.
A avaliação das informações fornecidas por esse tipo de ferramenta traz uma visão geral de todo o processo e ajuda a detectar erros e propor outros caminhos — muitas vezes, até com custos bem mais baixos.
Invista em novas tecnologias
Parece clichê falar em investir em novas tecnologias quando abordamos a importância delas. Mas muitos empresários têm o pé atrás por medo de perder dinheiro. Nesse meio tempo, a concorrência adota determinada ferramenta e acaba saindo na frente. Já pensou nos resultados de tal comportamento em longo prazo?
Treinamentos constantes e recursos mais eficientes podem fazer toda a diferença para o crescimento organizacional. Portanto, conte com fornecedores confiáveis pra ter acesso a essas novidades e conseguir fazer as atualizações com mais segurança.
Agora que você já sabe o que é tecnologia disruptiva e como usá-la a favor do seu modelo de negócio, que tal fazer um estudo aprofundado da empresa e perceber o que pode ser alterado? Essa nova visão abre uma série de possibilidades que vão impulsionar o crescimento corporativo e fazer com que a sua marca seja mais relevante, além de favorecer a produtividade e o faturamento.
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