Marketing one to one: saiba como fazer seu cliente se sentir único
Atrair e fidelizar consumidores cada vez mais exigentes não é uma tarefa fácil, já que os usuários têm maior poder de pesquisa. Para agradar esse público, você precisa investir em estratégias que colocam o cliente no centro de tudo, desde as pequenas decisões até aquelas que impactam mais visivelmente.
Para isso, as experiências devem ser únicas e personalizadas, o que é um dos grandes pilares do marketing individual. A tática, que é focada na personalização e na humanização do relacionamento, tem como objetivo estreitar as relações do usuário com a marca, o que leva a um maior consumo e à fidelização.
Afinal, hoje, o consumidor busca empresas que ofereçam serviços e produtos exclusivos e que respeitem a individualidade de cada pessoa. Por isso, investir no também conhecido como marketing one to one é uma necessidade.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura, entenda a estratégia e saiba como aplicá-la na sua empresa. Confira!
O que é marketing one to one?
O marketing one to one — em português, “marketing um a um” ou “marketing cara a cara” — consiste em um conjunto de ações para atender o cliente e se relacionar com ele de maneira individual e personalizada.
A premissa fundamental dessa tática é tratar os clientes considerando as diferenças entre eles, com respeito e valorização às particularidades individuais. Essa estratégia gera aproximação, além de demonstrar ao consumidor que a empresa o reconhece como peça fundamental para o sucesso do negócio. Ou seja, no marketing one to one, o comprador é o protagonista.
O tratamento individualizado ainda permite que a empresa reúna conhecimentos profundos sobre cada consumidor. Dessa forma, é possível identificar hábitos, preferências e necessidades para customizar produtos ou serviços, atendendo às expectativas pontuais do cliente.
Por que essa estratégia de marketing individual é importante para as empresas?
O motivo é, de fato, o advento da internet, que revolucionou o relacionamento entre cliente e empresa. Hoje, o consumidor dispõe de informações, tem voz ativa, participa do processo de construção da marca. As necessidades dele moldam as ofertas da companhia.
Por isso, é essencial que as organizações acompanhem o movimento, coloquem os interesses do cliente no centro das ações de comunicação e adotem práticas eficientes para a gestão de campanhas, principalmente no âmbito digital.
Dessa forma, o consumidor vai encontrar um valor diferenciado nos produtos e serviços da marca. Logo, na hora de tomar uma decisão de compra, ele vai optar pela empresa que, de fato, atenderá suas necessidades.
Aliás, essa proposta de individualização não é novidade, apesar de, hoje, funcionar em novos moldes. Você já ouviu falar sobre como era o relacionamento entre consumidor e empresa antes da Revolução Industrial?
As lojas eram pequenas, as compras eram anotadas em uma caderneta, o cliente era chamado pelo nome, o comerciante conhecia as preferências de cada pessoa e até indicava produtos que poderiam agradar mais. Tudo isso sem tecnologia, apenas com base no olhar atento do dono do negócio.
Lá atrás, os comerciantes já percebiam que as necessidades dos indivíduos eram únicas. Por isso, era preciso direcionar tratamento e ofertas distintas para diferentes expectativas, visando manter o sustento da empresa.
Com o aumento da oferta e da demanda, essa individualização perdeu forças para a comunicação de massa. Assim, os clientes se viam obrigados a se adaptar a produtos e atendimentos cada vez mais engessados.
O marketing one to one trouxe de volta a máxima da personalização, mas com a vantagem de ter a tecnologia a seu favor para reunir informações valiosas sobre a jornada do cliente.
Vale lembrar que esse marketing um a um não visa um lucro imediato com o alto volume de vendas. A estratégia tem o objetivo de manter a longevidade das empresas e prioriza os lucros de longo prazo, duradouros. Isso, porque um relacionamento de qualidade garante fidelidade à marca.
A propósito, essa fidelização não é confortável apenas para a empresa. Manter-se leal à marca é conveniente para o consumidor porque ele poupa esforços. Não é preciso que pesquise outras opções e construa uma nova relação de confiança.
Marketing one to one × marketing direto: qual é a diferença?
O marketing direto dedica seus esforços para converter o público que já tem interesse nos itens que a empresa vende. No entanto, esses produtos ou serviços são padronizados para atingir o máximo possível de pessoas.
Já o marketing one to one foca a individualização não só do tratamento, mas também da mercadoria. Ou seja, enquanto o marketing direto busca os clientes adequados às ofertas da empresa, o marketing one to one procura os itens apropriados para cada consumidor.
Essa individualização não é benéfica apenas para o cliente. Um estudo realizado pela consultoria BCG, em parceria com o Google, revelou que a personalização das interações com o consumidor é capaz de aumentar a receita de um negócio em até 20%. Além disso, o corte de custos pode chegar a 30%.
A estratégia de sucesso da Amazon
Um exemplo perfeito de marketing one to one é o que a Amazon faz. O sistema de recomendações do comércio eletrônico encontra o produto ideal para cada consumidor.
As sugestões são baseadas no histórico de compras, nos itens visualizados ou inseridos, na lista de desejos, qualificações e, inclusive, nas escolhas de outros usuários com hábitos semelhantes.
O sistema é tão eficiente que identifica até mesmo as vontades desconhecidas do cliente. Dessa maneira, muitos consumidores tomam decisões de compra não planejadas, porém extremamente acertadas.
Em algumas cidades dos Estados Unidos, com o auxílio de ferramentas complementares, como a Amazon Dash Wand, a empresa consegue prever até mesmo quando o leite na geladeira está prestes a acabar. Logo, o consumidor pode fazer pedidos com comandos simples e a AmazonFresh entrega os itens no mesmo dia. Incrível, não é mesmo?
Quais são as vantagens do marketing individual?
É claro que a estratégia é uma aliada poderosa para aumentar o volume de vendas. No entanto, mais do que vender em massa, o marketing one to one visa estabelecer uma relação íntima com o cliente para fidelizá-lo. Veja, a seguir, os principais benefícios de investir nesse método!
Contribui para entender melhor o comportamento dos clientes
Compreender os desejos e as necessidades dos consumidores é a base do marketing one to one. Afinal de contas, não é possível entregar produtos adequados sem nem sequer conhecer as dores do cliente, não é mesmo?
Cada vez que uma pessoa entra em contato com sua empresa, você tem a oportunidade de interagir e conhecer mais sobre ela. Esse diálogo permite armazenamento de dados essenciais para criar campanhas personalizadas e até prever mudanças de comportamento.
Com a digitalização da jornada do cliente, esses dados também podem ser obtidos de maneira indireta. Basta acompanhar as participações em fóruns sobre produtos ou serviços adquiridos, pesquisas de qualidade e até postagens, curtidas, comentários e check-ins nas redes sociais.
Além do mais, esse método facilita a coleta de feedback e ainda gera conhecimento estratégico para a empresa. Isso, porque as informações obtidas podem mostrar defeitos nos produtos ou serviços e apontar os pontos fracos da marca. Esses insumos são essenciais para a melhoria contínua, facilitando também a gestão de crises.
Ajuda na segmentação de clientes
No marketing, segmentar significa dividir os clientes em grupos de acordo com características semelhantes, como:
- região onde mora;
- profissão;
- estilo de vida;
- preferências de consumo.
Por isso, quanto mais detalhados forem os dados obtidos sobre os consumidores, mais específica será a segmentação. Dessa maneira, é possível atingir nichos bem particulares e otimizar as campanhas.
Permite a redução do CAC
O Custo de Aquisição de Clientes (CAC) é um indicador que mensura o investimento empregado para atrair potenciais compradores e transformá-los em consumidores efetivos. Quanto mais generalizada for a campanha, maior será o CAC e menores são as possibilidades de conversão.
No entanto, no marketing one to one, todo o conhecimento adquirido sobre os hábitos do cliente possibilita a criação de campanhas mais certeiras, em sinergia com os interesses do consumidor.
Viabiliza o envio de mensagens personalizadas
Lotar o e-mail do cliente com mensagens promocionais padronizadas não é uma característica do marketing um a um. A grande sacada da estratégia é disparar conteúdos nominais e customizados de acordo com a personalidade do cliente.
Imagine um e-commerce que vende cosméticos capilares, por exemplo. Não parece sensato enviar ofertas de produtos específicos para tratar cabelos loiros a uma pessoa com fios pretos e que nunca sequer fez uma descoloração.
É nesse sentido que a customização é relevante. Além de adequar as ofertas de acordo com cada pessoa, é essencial adaptar a linguagem e identificar os canais de comunicação preferenciais para os diferentes perfis.
Mas é importante não focar a estratégia apenas em ofertas puramente comerciais. O ideal é investir também em dicas, conteúdos relevantes e materiais personalizados, alinhados aos interesses do cliente, para auxiliá-lo na jornada de compra.
Estreita o relacionamento com o consumidor
Todas as conveniências e ações individualizadas proporcionadas pelo marketing one to one geram aproximação com o cliente. A relação é transformada em algo parecido com a amizade.
O motivo pelo qual o cliente cria laços com a empresa é que ela compreende suas dores, auxiliando nos momentos certos e ainda oferecendo uma assistência humanizada e única. Difícil não se apaixonar, não é mesmo?
Apesar de o meio digital ter papel de destaque na tática, o ideal é integrar ações online e offline em uma abordagem de marketing 360 graus. Dessa forma, o relacionamento é uniforme e de qualidade em qualquer meio de interação.
Favorece o upsell
O upsell é uma técnica de vendas para incentivar o cliente a fazer uma espécie de upgrade no serviço ou produto que já tem, ou comprar um item melhor — e mais caro — do que pensou no início.
Quando você conhece muito bem o seu alvo, é mais fácil oferecer exatamente o que o ele precisa e superar suas expectativas. Sendo assim, a empresa consegue aumentar o ticket médio de cada consumidor.
Por exemplo: um cliente tem um plano de telefonia móvel. Ao analisar o histórico de consumo, a operadora identifica que o pacote de internet sempre acaba no meio do mês. Por isso, oferece uma opção mais adequada à demanda do comprador.
No entanto, essa estratégia só será bem-sucedida se o relacionamento for baseado em confiança e honestidade. Por isso, é essencial que a oferta seja vantajosa para o cliente, agregue valor a ele e vá ao encontro de seus desejos de consumo.
Enfim, os benefícios do marketing one to one vão além do diferencial competitivo e do aumento das vendas. A demanda por serviços únicos não para de crescer, e acompanhar esse movimento é uma questão de sobrevivência.
Contudo, não é possível implementar a estratégia sem tecnologias fundamentais para extrair e interpretar dados sobre o comportamento dos consumidores. A seguir, você vai ver os recursos que são mais relevantes.
Que ferramentas vão auxiliar na estratégia?
O elemento mais importante para o marketing one to one são os dados! É o conhecimento adquirido sobre o cliente que possibilitará a individualização das ações da empresa. Por isso, é essencial adotar ferramentas tecnológicas para extrair essas informações, armazená-las e transformá-las em conhecimento estratégico.
Veja quais são as ferramentas fundamentais para aplicar o marketing um a um!
CRM
O Customer Relationship Management (CRM) — em português, Gestão do Relacionamento com o Cliente — é um instrumento para armazenar e gerenciar o banco de dados de consumidores. Por meio desse recurso, você pode obter informações como:
- nome;
- idade;
- profissão;
- estado civil;
- classe social;
- interesses de consumo;
- histórico e comportamento de compra;
- meios preferenciais para interação.
Todos esses dados são básicos para entender o cliente e entregar produtos que, de fato, têm valor para ele.
Big data
De acordo com a pesquisa “Data Never Sleeps 6.0”, são criados mais de 2,5 quintilhões de bytes de dados todos os dias. Até 2020, a estimativa é que cada pessoa gere 1,7 megabytes de dados por segundo.
A tecnologia responsável por essa fonte inesgotável de informações é o big data. Em comparação ao CRM, o big data consegue lidar com um volume muito maior de dados. O melhor de tudo é que a tecnologia é capaz de analisar dados não estruturados — ou seja, que não têm relação entre si nem uma organização definida. Por exemplo, mídias sociais, vídeos, fotos, geolocalização, comportamento, entre outros.
Data mining
O data mining — em português, mineração de dados — é um recurso para interpretar dados estruturados, estabelecer relação entre eles e transformar todas essas informações em conhecimento estratégico e útil para a empresa. O sistema é capaz de identificar padrões de comportamento, encontrar anomalias e até prever resultados.
Por exemplo: um e-commerce analisa o histórico de compras dos consumidores, cruza os dados e identifica produtos que, normalmente são adquiridos em conjunto — como cama e lençol, guarda-roupas e cabides, teclado e mouse, entre outros.
Além disso, o recurso também é relevante para identificar riscos em trading financeiro. Ao explorar os hábitos dos inadimplentes, por exemplo, é possível reconhecer características semelhantes entre eles e utilizar esse padrão para conceder ou não um empréstimo, determinar o limite do cartão etc.
Essas informações são essenciais para fazer um marketing one to one eficiente e garantir planejamentos mais precisos, tanto de negócio quanto de comunicação integrada.
Business Intelligence
O Business Intelligence (BI) — em português, Inteligência de Negócios — é uma estratégia na qual as tomadas de decisão de um negócio são baseadas em dados concisos. Por isso, o processo envolve coletar, analisar, organizar e monitorar todas as informações sobre o cliente, a fim de gerar insights importantes.
Nesse contexto, a ferramenta possibilita acompanhar a evolução da interação com o cliente, o cenário econômico, as novas tecnologias e inovações, a demanda dos consumidores, entre outros. Todas essas informações são essenciais para nortear as ações do marketing um a um.
Sem o auxílio das tecnologias citadas, seria impossível colocar o marketing one to one em prática. Afinal de contas, as informações coletadas são imprescindíveis para criar ações certeiras e obter resultados positivos.
Como fazer marketing one to one na prática?
Mais uma vez, vale lembrar que o consumidor é o centro do marketing um a um. Por isso, toda a estratégia precisa ser focada em melhorar a experiência do cliente e, por consequência, fidelizá-lo.
Para implementar a tática, é necessário seguir quatro passos básicos:
- identificar;
- diferenciar;
- aproximar;
- personalizar
A seguir, você vai ver em detalhes o que deve ser feito nas diferentes etapas.
Identificação
Antes de mais nada, é preciso conhecer muito bem o cliente. A fase de identificação serve justamente para descobrir as necessidades dele de maneira individualizada.
Lembra das tecnologias citadas no tópico anterior? Elas são essenciais para essa coleta de dados. Nesse momento, é importante obter o máximo possível de informações detalhadas.
O inbound marketing também é uma ferramenta útil nessa etapa. Com o uso de conteúdos ricos, você consegue coletar dados relevantes do comprador e ainda identificar assuntos de interesse, dores e necessidades de consumo.
No entanto, tão importante quanto coletar os dados é saber interpretá-los. Por isso, não se esqueça de utilizar recursos de análise.
Diferenciação
Depois da coleta de dados, o próximo passo é segmentar o público-alvo. Funciona assim: você agrupa consumidores com interesses comuns e características semelhantes, a fim de otimizar as ações.
O importante é fazer essa segmentação de maneira bem específica. Afinal de contas, a proposta de valor precisa se alinhar perfeitamente às expectativas de cada grupo.
Aproximação
É na etapa de aproximação que você vai interagir com os clientes e obter ainda mais informações para alimentar o banco de dados. Dessa forma, será possível colher os insumos indispensáveis para a personalização.
Veja, a seguir, as duas melhores atitudes para engajar os consumidores.
Utilize as redes sociais
As redes sociais são minas de ouro para o marketing one to one. Afinal de contas, elas são as principais ferramentas de informação e interação entre cliente e empresa.
Porém, não basta apenas inscrever a empresa nas principais mídias e deixar a magia acontecer. Nesse ambiente, é essencial produzir conteúdos engajadores e, claro, dialogar com o cliente.
Vale postar memes, gifs ou vídeos interativos e investir na criatividade, pois as redes sociais permitem certa informalidade. No entanto, é importante atentar à linguagem utilizada pelo público e ser ousado apenas se o perfil do cliente for condizente com a estratégia.
A Netflix, por exemplo, investe pesado no marketing one to one. Ela é referência em postagens descontraídas e respostas bem-humoradas nas redes sociais. Isso gera aproximação e humaniza o relacionamento entre cliente e empresa. Se for possível, siga essa tática para deixar o consumidor à vontade.
Aliás, essa interação também é uma oportunidade para colher feedback, medir o nível de satisfação dos consumidores e identificar pontos falhos da estratégia. Para conseguir dados detalhados, o ideal é utilizar soluções tecnológicas como o chatbot. Não se esqueça de acompanhar ainda as menções à marca nos sites de avaliação, como o Reclame Aqui.
Invista no marketing de experiência
Você sabe muito bem que apenas oferecer produtos de qualidade e preço justo não é mais garantia de sucesso para um negócio, certo? O consumidor moderno quer ser encantado e valoriza os momentos únicos que uma marca pode proporcionar. Pois é esse o objetivo do marketing de experiência.
A tática visa interagir com o público por meio da promoção de experiências inesquecíveis. As lembranças positivas geradas com as ações ficam marcadas na mente do consumidor e o influenciam a tomar decisões de compra.
Além disso, a estratégia é imprescindível para cultivar clientes promotores, aproximar o público da empresa e humanizar o relacionamento com a marca. Vale a pena investir!
Depois dessa interação, é hora de implementar ações ainda mais individualizadas para fortalecer o relacionamento já criado e, finalmente, fidelizar.
Personalização
Apesar de a personalização consistir na última etapa de implementação do marketing individual, você percebeu que o tratamento individualizado já começa na fase de aproximação? É assim mesmo!
A interação tem o objetivo de estreitar relacionamentos e coletar dados ainda mais precisos para dar suporte à customização de produtos, serviços e atendimento.
Com o vasto conhecimento adquirido sobre interesses e hábitos de consumo, você conseguirá satisfazer os desejos e as necessidades específicas de cada cliente.
Quais são os principais casos de sucesso?
Por exemplo: depois do sucesso da campanha com nomes impressos nas embalagens, agora a Coca-Cola oferece a opção de o cliente personalizar a garrafinha com o texto que quiser. Pode ser nome, sobrenome ou título de datas comemorativas, como “Festa do João”, “Maria 15 anos” e por aí vai.
A Nike também permite a customização de seus tênis. É como se fosse uma tela em branco que o consumidor pode pintar de acordo com o seu gosto. O cliente se sente especial com produtos exclusivos, porque ninguém terá um calçado igual ao escolhido por ele.
Veja, agora, com mais detalhes, como as principais empresas pensaram em formas para personalizar o contato com seus consumidores.
Amazon
A Amazon é conhecida por todo o mundo por recomendar, a partir do algoritmo desenvolvido, produtos do interesse do usuário. Isso faz parte da abordagem estratégica do marketing da empresa. Entretanto, para que a experiência de cada pessoa seja atualizada, a ferramenta sugere mais do que produtos que estejam relacionados com os itens pesquisados, tentando se alinhar aos vários aspectos que formam a personalidade humana.
De maneira inteligente, a empresa incentiva que os usuários comprem por impulso, uma vez que revela os itens mais interessantes para o usuário. Com o início da estratégia, a Amazon conseguiu aumentar as vendas em 29%.
Ou seja, utilizar a personalização é importante para aumentar a confiança na marca. Mas, mais do que isso, é uma forma de aumentar as oportunidades de venda, bem como o ticket médio dos usuários.
Netflix
A Netflix também tem um algoritmo para estreitar a relação com o seu público. Nesse caso, isso acontece para recomendar filmes e séries de acordo com os desejos dos usuários. Como forma de atrair cada vez mais pessoas, a plataforma está sempre aprimorando o algoritmo.
O desejo de uma das mais famosas empresas de streaming é fazer com que o usuário veja o conteúdo mais certo para ele naquele momento. Ou seja, a ideia é fazer com que cada usuário tenha um produto exclusivo para si mesmo.
Os resultados mostram que a estratégia é bem-executada. O faturamento da empresa cresceu 31% no último ano.
Ou seja, vale a pena sempre rever o funcionamento dos sistemas da empresa. Mesmo que os resultados já sejam bons em um primeiro momento, desenvolver um relacionamento mais próximo com o consumidor deve ser uma meta e fazer parte da cultura da empresa.
Para tanto, é importante que os colaboradores desenvolvam a criatividade, com o objetivo de terem as melhores abordagens para tratar os dados e as informações que a empresa obtém de seus clientes.
Coca-cola
Pensando em marcas famosas, não podemos deixar de retomar o case da Coca-Cola, sobre o qual falamos há pouco. Em 2011, a empresa abriu mão da reconhecida logo para estampar os nomes mais populares da Austrália utilizando a campanha “Compartilhar uma Coca-Cola”. Para cada nome, existia uma canção que foi disponibilizada na fanpage da empresa na Austrália.
A ideia era escolher nomes que pudessem representar toda a população australiana. Foram usados dados disponíveis para garantir que a diversidade do país fosse preservada. Esse é um dos grandes exemplos de marketing personalizados que existe no mercado.
Como resultado, o amor pela marca se difundiu, incentivando que a pessoa procurasse a garrafa que tinha o seu nome, bem como o de amigos e parentes. Depois da aquisição, uma hashtag foi criada para que as pessoas compartilhassem fotos com o item.
Ao realizar a campanha, a empresa percebeu o primeiro aumento nas vendas depois de mais de 10 anos. Uma campanha só será convincente e trará bons resultados se for compartilhada. Ou seja, não basta pensar em formas para personalizar sua oferta. É necessário que ele também seja compartilhável.
Em 2015, no Brasil, houve uma campanha ainda maior. Cerca de 90% da população de adolescentes foi contemplada com os nomes nas garrafas. Nesse caso, as campanhas publicitárias estavam ainda mais focadas no compartilhamento e na interação nas redes sociais.
Lembra que comentamos que a Coca permite a personalização das garrafinhas a qualquer momento? Isso mostra que, muitas vezes, as campanhas podem se transformar em serviços e produtos que aumentam a lucratividade do negócio e o engajamento. No caso da empresa, a ideia pode ser uma boa para eventos, como casamentos.
Essa rede social tenta deixar as pessoas o maior tempo conectadas por meio de sua plataforma, com conteúdos que elas gostariam de ver. Em caso de irritações ou conteúdo irrelevante, a tendência é que as pessoas deixem o sistema. Para evitar a evasão, o time do Facebook envia conteúdo automatizado por e-mail para mostrar o que os usuários estão perdendo quando não acessam seus perfis e páginas.
Normalmente, as mensagens são enviadas quando o usuário deixa de acessar a rede por determinado tempo. Essa estratégia de e-mails baseados em dados leva a uma taxa de abertura 152% maior do que a de e-mails tradicionais.
Starbucks
A maior rede de cafeterias do mundo também é exemplo de personalização. A forma de manter o sucesso que a rede encontrou é a partir do envolvimento dos consumidores com o aplicativo gamificado. O objetivo é recompensar os usuários a partir do app. Isso deixa o processo de pedir bebidas mais interessantes, uma vez que usa o histórico e a localização dos usuários para fazer com que os momentos sejam tão pessoais quanto possível.
Com o sistema de recompensas, a Starbucks conseguiu aumentar a receita para 2,65 bilhões de dólares. Ao mesmo tempo, o aplicativo conseguiu gerar 6 milhões de oportunidades de negócios por mês, sendo responsável por 22% de todas as vendas do país no setor.
Ou seja, os dados dos consumidores são muito importantes para conseguir personalizar o atendimento e os serviços prestados a ele. Quanto mais informações você tiver, maiores serão as chances de prestar um serviço único e agradável.
O que podemos concluir sobre marketing individual?
Depois de ver os melhores exemplos, podemos chegar a alguns entendimentos. Veja, agora, o que você deve fazer para ter bons resultados com suas campanhas personalizadas.
- saber que todos os dados do usuário são importantes, sejam demográficos, sejam de comportamentos no sistema;
- criar personas (baseadas em dados reais) para que as comunicações da instituição sejam personalizadas o máximo possível;
- usar conteúdo dinâmico, a fim de personalizar a experiência do consumidor de acordo com os interesses e comportamentos deles;
- descobrir quais são as redes sociais que os usuários preferem, bem como o momento em que mais as utilizam, sem se esquecer do tipo de mídia favorito;
- considere os dispositivos utilizados para conseguir otimizar sempre as campanhas.
Ou seja, investir em marketing one to one é uma oportunidade de conhecer profundamente os consumidores e oferecer produtos mais alinhados às expectativas deles. Os casos de sucesso mostrados aqui servem para aguçar a criatividade de toda equipe, para que a empresa consiga alcançar os próprios resultados acompanhando a realidade atual do mercado.
A estratégia de marketing individual é valiosa para otimizar tanto as ações de comunicação da empresa quanto para melhorar a forma com que seus serviços ou produtos são pensados e executados. Coloque em prática todas as dicas e veja os resultados positivos para a sua marca.
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